Já tradição é aquilo que muda, daí o compositor sempre lidar com ela e parecer, aos olhos dos moderninhos, um museu ambulante. Mas é exatamente por isto que ele fica, os outros passam.
Excelente tese para me explicar uma série de elementos que tenho estudado sobre obsessão musical e compulsão auto-biográfica, um tipo diferenciado de narcisismo tão fortemente ligado à música, músicos ou musicófilos. O Lacoue-Labarthe sacou nisto coisas incríveis e deu algumas pistas, mas percebo que cabe a nós que trabalhamos com som dar alguns passos a mais na direção do entendimento da nossa sociologia do desespero. Fiz alguns calculos quantitativos em redes sociais e percebí que o desespero biográfico é 4.5 vezes maior em músicos ou musicófilos, por exemplo. Achei isso muito interessante. Apresentarei um trabalho sobre o assunto mais baseado em filosofia na Escola de Musica da UFRJ na sexta-feira. Assunto difícil...mas incrivelmente revelador. No Brasil, isto ganha cores pos-coloniais engraçadas, quando não enfadonhas....kkk.
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